Sem farpas
Eu não posso fugir a viver nesta sociedade porque não existe outra.
Interesso-me assumidamente pela minha imagem, não porque a sociedade me obriga a tal mas sim porque sinceramente me sinto melhor saudável, com bom aspecto, bronzeado, sem olheiras, tonificado...
Se alguém se sentiu afectado com o meu post sobre o sindrome “dolly”, é porque se calhar a carapuça lhe serviu.
Eu nunca disse que tirar um curso sem nunca chumbar e que ter um trabalho de responsabilidade era mau. Muito menos sou radical e redutor ao ponto de distribuir cada ser humano por dois sindromes: ou “peter pan” ou “dolly”...
Pode-se ser um modelo de sociedade sem realmente se ser um produto desta, já que nunca podemos ignorar as motivações. Se uma pessoa dirige a sua conduta pelas normas de john nash de uma forma convicta e é sucedido, então não é concerteza uma ovelhinha; assim como um indigente, bebado e drogado que arruma carros na avenida da liberdade, não o faz com intenção de ser alternativo.
Quando recebo algo faço um exercicio de reflexão em que a essencia dos significados passa pelos meus mais intimos e sensiveis filtros que me caracterizam como pessoa. Dou o meu parecer, emito a minha verdade, não tomo nunca nada por garantido sem que eu aplique o meu próprio selo de personalidade.
Ao exprimir opiniões dou a entender que tenho a mania que sei tudo e que tenho sempre razão... mas não é bem assim, tenho humildade para ouvir rebater os meus argumentos e disponibilidade para os analisar com a maior das imparcialidade e julgar em verdade e consciência. Neste caso acho que alguém tentou generalizar aquilo que eu disse e fê-lo sem classe, sem qualidade, sem verdade... e pior que tudo... sem sentido e sem pertinencia.
6 Comments:
Acho que é a partir da diferença que pode haver mudança. Somos sempre um produto da sociedade mas não é absolutamente necessário que aceitemos as suas regras, calados. Podemos sempre tentar mudar os que estão à nossa volta, já é um bom começo. Tal como tu, que por seres como és, consegues mudar um bocadinho aqueles que te são próximos!
3:03 PM
Mas quem é que garante que essa mudança é proveitosa? Quem é que garante que essa mudança veio no sentido de melhorar e não piorar? Porque há-de ser uma pessoa alheia a nós próprios quem define o que é certo ou errado, melhor ou pior, bem ou mal? Não tenho pretensões de saber mais que ninguem e gosto pouco quando me tentam mudar ou quando alguem é pretencioso o suficiente para dizer que sabe melhor! Sabe o que sabe baseado nas suas experiencias e isso vale apenas isso, uma experiencia individual...o que é para um não significa que seja para outro! E correndo o risco de usar um cliché acho que devemos amar o próximo, reconhecendo-lhe os seus defeitos, e aprendendo a viver com isso, tentando APENAS prestar o apoio e omitindo uma opinião segundo as nossas experiencia, nunca forçar a mudança, até porque isso induz, muitas vezes, à vontade de contrariar por contrariar, e esta é a verdadeira essencia das pessoas e do bom relacionamento entre elas.
Ps. Bem vindos à blogmania, reparei que este blog é relativamente recente. Se era para gerar polémicas... acho que estão a fazer um bom trabalho, ainda que nem sempre pela via mais correcta!
5:26 PM
v.: obrigado pelo teu comment, mas quero-te dizer que assim como sei que não sou indiferente para as pessoas, não sou pretencioso ao ponto de pensar que mudo alguém. Alias nem sequer sinto essa responsabilidade e se sentisse acho que não ficaria muito confortável com tal missão. Apenas uso alguma liberdade de que disponho para tentar ser e construir um eu condizente não com preconceitos e estereotipos generalizadamente considerados "adequados", mas sim consonante com a minha hierarquia de valores.
1:39 PM
zmt: obrigado pelo teu comment e e pelas boas vindas à blogomania. Acho que o meu comment anterior também te responde de certa forma. Partiste de um pressuposto errado mas concordo com algumas coisas que disseste, apenas não fazem sentido no contexto.
Se calhar a culpa é minha que me faço entender mal... tenho receio de não conseguir, com o rigor minimo aceitável, expor as minhas tão complexas ideias em palavras escritas.
1:52 PM
Vanshico: o comment não foi dedicado a ti, foi ao comentário anterior que achei totalmente despropositado. Quanto as coisas que escreves e estas serem ou não compreensíveis, acho que te fazes compreender,ás vezes,melhor do que devias. Mas, esse é o teu caminho...
1:58 AM
zmt: pelos vistos conheces-me e se calhar sabes eu não gosto de joguinhos de sedução e charme nem de meias palavras e além disso não tenho muitos problemas em falar de mim e da minha vida pessoal. Sou uma pessoa frontal e directa, gosto de falar verdade e se não o faço sempre é porque algumas vezes o bom senso me impede e porque a minha liberdade acaba onde começa a dos outros. Ás vezes até posso parecer um bocado desbocado e egocentrista e se calhar até sou, mas a verdade é que mesmo com tanta auto-exposição consigo sempre guardar algo muito intimo e secreto para aquela pessoa especial.
Neste "caminho" tenho muito orgulho!
12:49 PM
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