Espelho meu, espelho meu ...

Num momento de alguma acalmia no trabalho (são poucas) junto de copa com alguns colegas. Naqueles momentos em que ressacados pelo stress só se diz parvoice à séria acabou por vir à baila mais um tema profundo. Cada um com a sua opinião, mais ou menos em concordância com a ideia que todos nós temos de nós próprios. Nunca pararam à frente do espelho a dizer: "oh meu Deus estou horrível.. que péssima cara" ou algo do género. Temos tendência a olhar para nós próprios numa prespectiva deturpada pelas nossas vivências passadas, boas ou más. Mas que de alguma forma nos fazem achar que somos muito mais maus do que realmente somos em certas características e óptimos noutras. Olha por exemplo aquela malta que acha que nasceu para ser cantor. Toda a gente acha o contrário (isto excepto a mâezinha. As mães são um espectáculo), mas eles continuam na deles. Isto porque, de alguma forma, algo, alguém ou alguma experiência os fez achar que eram bons naquilo. Pessoalmente acho muito importante perceber quem somos. Parece uma pergunta altamente filosofica mas não é. Na realidade é tentarmos fazer um exercício, e colocar-nos fora de nós próprios e tentar ver como nós somos. Não vale perguntar, ninguém nunca é sincero ao ponto de fazer um juízo imparcial sobre nós, nem mesmo a nossa mãezinha. Existem algumas pessoas que primam pelo juízo pragmático, mas nunca cem por cento real. Por isso, acho que deviamos fazer isso. Ajuda a quê? ... à partida parece que a nada mesmo a não ser deitar tempo fora, mas acho que feito de forma séria pode optimizar as nossas capacidades e relacionamento. Podemos aprender a situar-nos. O que no Marketing como aprendi há pouco tempo, é feito pela análise TSP - Targeting, Segmentação e Posicionamento, mas que nesta ciência é aplicado de forma organizada e racional. Nós é assim um bocado à balda. De qualquer maneira, achei giro expôr este tema, só para queimar tempo enquanto espero uma pizza no forno.

Pressão

Para quem ainda não sabe, os meus pais são oficialmente os melhores pais do mundo!

Mas, como em tudo na vida, não há bela sem senão! Estes últimos meses eu tenho sido alvo de alguma pressão parental. Talvez por já contar 28 primaveras seja normal. Não sei. Sei sim que a vontade da minha Mãe em encontrar uma nora e do meu Pai querer um neto para brincar é recorrentemente tema para debate, por vezes público. E o resultado são conversas no mínimo... atípicas! Hoje:

Mãe: O que fizeste este fim-de-semana?

Eu: Nada de especial.

Mãe: Não foste sair à noite?

Eu: Não, não me apeteceu... ando um pouco cansado!

Mãe: Filho, se não sais à noite como é que vais encontrar alguém?

Eu: {suspiro}

Mãe: Achas bem ficares para tio?

Eu: {suspiro}


Tempos houve em que a minha mãe se queixava do excesso de incursões pela noite lisboeta... bons tempos. Agora encoraja-me a ir para o engate...

PS: Aos meus pais que sei que apesar de o negarem, lêem este blog, mantenho a minha posição: São os melhores pais do mundo! Que não surjam dúvidas pois considero-me uma pessoa muito afortunada neste campo...