...ultima de Julho, primeira de Agosto...

Tinha pouco mais de metade a minha idade actual quando passei o meu primeiro verão com amigos no Algarve.
Já passei férias em todo o lado e mais algum mas há sempre o lugar comum, aquele de sempre, aquele onde podemos ir sozinhos porque conhecemos sempre alguém.
Esse meu "spot" é ali para os lados da Quarteira...
Tenho conhecido sitios lindos, paradisiacos e tou a falar de Portugal. Não é preciso ir-se para a Nova Zelandia! No entanto tenho que admitir que sinto falta das pessoas, dos conhecidos, das conversas bem "tonificadas" pelo 3º gin.
Ao longo dos anos tem vindo a diminuir progressivamente os dias que dedico a esse tipo de férias tão intensas socialmente, mas a verdade é que gosto e quero sempre repetir. Já gostei mais, mas também não vou cair no ridiculo daqueles que estão sempre a dizer mal.
Das pessoas que estão sempre a dizer mal destaco dois grupos:
-os socialmente falhados 1, aqueles que não conhecem ninguém por isso ficam a nora em locais onde se vai para ver e ser visto, e quem não conhece ninguém nesses locais é transparente.
-os socialmente falhados 2, aqueles que conhecem pessoas e até se divertem e continuam a ir, só que preferiam estar noutros lados mas não têm o poder social de deslocar os outros para os locais onde gostam mais de ir.
A verdade é que uma das minhas praias preferidas esta lá, quando fazia férias em familia ia para lá, comecei a fazer férias com os meus amigos lá, sempre me diverti lá... Acho de mau gosto estar-se sempre a cuspir no prato em que se come, mas a verdade é que hoje em dia é ser altamente NOT FASHION ir para onde tenho tantas e tão boas recordações.
Mas eu não quero estar NOT FASHION!
Não há fumo sem fogo e eu tenho que reconhecer que os comentários têm algum fundamento e a verdade é que aquela zona se tornou numa grande Quarteira. Mesmo assim o dilema presiste porque não conheço alternativa e porque é para lá que vocês continuam a ir, não é?

Portugal

O jogo de Portugal terminou há cerca de 30 min. Do rato ao marquês eram vários os carros que buzinavam. Grupos de pessoas pelas ruas de cachecóis e camisolas de selecção. No marquês aglomerava-se uma multidão de apoiantes da equipa de Scolari! Não passei muito perto mas consegui distinguir claramente que os grossos gritos entoavam “Portugal Allez…”.


Recebi uma mensagem que dizia: “Viva Portugal. Parabéns!”!


Ao continuar pela Fontes Pereira de Melo e depois pela Av. de república em direcção ao Campo Grande as buzinas continuavam, sendo claramente correspondidas com gritos e acenos das pessoas que enchiam os passeios.





Não restam dúvidas que o povo Português adora uma boa festa!




Eu pessoalmente não estava muito com o espírito… tinha acabado de ver Portugal ser eliminado pela França!

Ainda nos sonhos...

Hoje, no meio da minha rotina laboral, tropecei nesta frase...




"I like the dreams of the future better than the history of the past."
-Thomas Jefferson




Pahhh, este Tomás deve andar a ler o nosso blog!

Sonhos e Ambições

Sou fã da costa vicentina. Desde a primeira vez que lá fui que não hesito em a catalogar como, de longe, a minha zona favorita do país. Se calhar não viajei o suficiente “cá dentro” para puder elaborar uma opinião tão forte. Mas também estou-me um pouco nas tintas para isso!

Mas não é da especificamente da Costa Vicentina que quero falar. Não a quero recomendar. Não quero dar alertar para algumas fabulosas praias ou indicar bons restaurantes. Da Raposeira à Zambujeira do mar, se há uma coisa que odeio, é aquelas pessoas que insistem nos tempos de hoje em aumentar a densidade populacional da costa vicentina… só porque é moda! Aliás, a todos eles, deixo uma recomendação… Tavira! É bastante giro!

Quero antes falar brevemente do episódio que vivi num restaurante não muito longe de Aljezur! Depois de uma saudável refeição em insubstituível companhia, e enquanto acabava a garrafa de vinho ao som de música reggae (grande Dj Toby One Kanobi!!!), conheci um Suíço emigrado há cerca de 5 anos. Achei a história da vida dele fantástica. Há cerca de 10 anos, ele a mulher decidiram sair da Suiça e ir viajar pela América do sul. Durante cerca de 3 anos conheceram todos, ou quase todos, os países sul-americanos. Findos os 3 anos decidiram regressar à Suiça para repor alguma ordem nas suas finanças.

Eventualmente voltaram às viagens e numa delas passaram pela Costa Vicentina. Tendo ficado imediatamente fã, ao ver um lote de terra à venda, não hesitaram. Decidiram, sem nenhuma experiência, dedicar ao fabrico de vinho biológico!

Ao ouvir a história dele tenho que admitir… eu senti inveja. Senti mesmo muita inveja. Ainda não há muito tempo eu era uma pessoa cheia de planos e ambições. Tinha objectivos audazes mas bem delineados. Queria ir longe… metaforicamente e geograficamente. Naquela noite percebi que sou uma pessoa acomodada numa vida banal. Que todas as aventuras que queria viver não passam de planos bem arquivados.

Não me interpretem a mal. Adoro a minha vida. Mas sinto falta de sonhar alto…