O blog que promete debates sérios e interessantes! Um blog que quer colocar questões que levantem mais questões! Promete... mas da certa que deve ficar pelos posts fáceis de gajas nuas!

Wednesday, May 24, 2006

Em paz!

"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta! "
Foi com esta simples frase que surgiu a ideia deste novo post que, como tantos outros, vem na sequência de conversas soltas, perdidas no tempo, despoletadas por amigos rezingões.
Mas então o que tem esta frase a ver com o assunto que quero expôr?.. vou tentar explicar. Ultimamente em certas conversas apercebi-me de um hábito que eu tenho, que causa estranheza aos outros. Se calhar não a todos, mas o facto de muitas vezes fazer programas sozinho, tipo, surfar, correr, ir ao cinema ou até ir a uma discoteca, causou alguns comentários, pensamentos, vá, do género: “é maluco”, “deve estar a atravessar uma fase má” ou coisas do género. Se querem saber, a mim faz-me muito mais confusão aquelas pessoas que estão doidas para ir a algum lado pois tiveram um dia difícil e que não vão porque não tem companhia. Ou ainda, têm algum problema para resolver e consultam todos os amigos possíveis e imaginários. O que eu tenho a dizer é muito simples: muitas vezes as respostas que procuramos estão dentro de nós próprios. Considero-me uma pessoa bastante privilegiada pela vida. Tenho os melhores amigos que podia ter e alguém muito especial que adoro, estou de bem com a vida e com as pessoas que encontro na rua, com a senhora do café, com o professor da faculdade ou até com um toxicodepente numa esplanada a quem paguei um bolo. Enquanto ser humano, sinto-me plenamente integrado nesta sociedade. E é por isso, por estar bem comigo mesmo, que consigo estar rodeado de amigos num dia e no dia seguinte estar sozinho ao sabor das ondas com a minha prancha, pois é nesses momentos que me encontro, que dou importância ao pormenor, que estou em silêncio para ouvir o meu coração, para me reorganizar, para reflectir, para ouvir o som do mar, para ouvir as gaivotas a passar sobre a minha cabeça, para pensar em alguém, pois só em silêncio consigo saber quem sou e o que sinto. E foi esta capacidade que me fez ter a certeza de quem sou, um apaixonado pela vida, pela família e pelos amigos.

8, 80...

Toda a gente faz escolhas no seu percurso e as minhas sempre privilegiaram a diversão e as relações humanas em detrimento dos estudos, no entanto comecei a trabalhar mais cedo que a maioria dos meus amigos.
Para quem não nasceu com o cu virado para a lua, há duas maneiras de ter as coisas na vida: uma é com trabalho, outra é tendo amigos. A verdade é que quem tem bons amigos pode ter muita coisa, não tudo, mas muito. Se partirmos do principio que dentro de um grupo cada elemento têm algo para oferecer aos restantes, se tivermos um considerável leque de amizades, apesar de alguma coisa termos que dar, imenso é aquilo que temos para receber. Não estou a querer fazer aqui uma teoria muito elaborada tipo “favores em cadeia”, mas sim uma coisa mais simples e até materialista. Há sempre o divertido das piadas, o que toca viola e o que leva os fumos... Há sempre um que tem uma casa no algarve, outro que conhece o porteiro da disco, aquele que tem o barco e ainda o gajo que arranja os convites para o concerto. Há sempre aquele que arranja viagens de borla, empresta o carro, nos leva a voar e nos deixa pilotar, aquele que leva sempre o carro nas saidas a noite e nos trás a casa, o irmão mais velho que apesar de não concordar com o nosso estilo de vida é sempre generoso e preocupado.
Mas um dia que se queira formar familia? Não se pode estar a espera que os amigos aqueçam o biberão, que troquem as fraldas e nem que vão ao supermercado por nós, mas podem ficar com os putos um fim de semana ou podemos alugar uma casa juntos nas férias e dividir as despesas.
Se calhar sou um sortudo, mas a verdade é que graças aos amigalhaços tenho experienciado coisas que sozinho e com todo o dinheiro do mundo nunca conseguiria ter vivido, por mais materialista que seja o objecto das ofertas nunca podemos ignorar as sensações e prazer que daí retiramos, mas se entrar por aí então já se torna até ridiculo comparar o que é a vida com e sem amigos.
E tu? És daqueles que acabou de comprar um descapotavel e quer ir a cascais só para experimentar a maquina na auto estrada e procura sem sucesso na lista telefónica do telemovel alguem para fazer companhia?... ou és de quais?

Saturday, May 13, 2006

Adrenalina

Algo que nos faz sentir que estamos vivos ou por vezes, pura inconsciência?
Creio haver um grupo de pessoas, onde eu assumo descomplexadamente pertencer, que por vezes necessitam de se sentir vivas de alguma forma, e não há forma melhor de se sentir vivo do que uma descarga de adrenalina. Umas vezes forte outras nem tanto, dependendo da experiência, ela dá-nos uma sensação de prazer que só o sexo supera, apesar de se inscrever noutra categoria.
Mas neste post que aqui publico queria falar de uma experiência particular de adrenalina que experimentei há uns dias e da qual confesso fiquei fã!
De certeza que todos os que lêem o nosso modesto blog já foram ao centro comercial colombo em Lisboa. E sabem que no segundo piso existe um espaço que se chama "fun center" onde existe toda uma série de jogos de entretenimento, tipo video, matraquilhos, ainda uns "manos" com boné sempre a ver o que "pinga na àrea" para ganharem o dia. Ora, o que provavelmente não sabem é precimente nesse espaço, mas na zona exterior que existe uma estrutura chamada o "meteorito". Bem, o meteorito consiste basicamente numa estrutura em ferro onde se encaixam duas cadeiras, que se encontra tencionada por dois potentes cabos de ambos os lados, ligados a cada um a um poste com uma altura perto de um oitavo andar formando um "M" onde no vertice do meio, nos encontramos nós.
O que é que acontece, a primeira vez que fui, como qualquer outra pessoa pensei, isto não parece assim tão dificil (comentário típico de gajo que tem a mania que é macho), mas em breves segundos, após me sentar na cadeira e a estrutura reclinar para trás, permitindo-me admirar o céu, toda a minha masculinidade foi posta em causa numa experiência que não vou descrever, pois correria o risco de ser muito redutor, mas que foi sem sombra de dúvidas a experiência que mais adrenalina me fez correr nas veias!
E com isto pergunto, quem quer vir comigo dar um novo salto?

Friday, May 12, 2006

Drogas!

Já que estamos a falar de vícios da sociedade...

Há cerca de duas semanas o congresso mexicano passou uma lei que permitira a posse de “pequenas” quantidades de droga! Pelo que consegui perceber, a Lei de inicio restringia a posse a apenas quem tivesse prescrição médica, tendo sido no fim alterada para permitir a mesma posse a qualquer pessoa!!!

As drogas permitidas seriam cocaína, heroina, peycote, meta-afetamina e marijuana!

A título de curiosidade aqui vai um exemplo do que se poderia ter no bolso:

- Cerca de 4 charros (5 gr de marijuana);
- 25mg de heroína;
- Opio, 5 gr;
- Cerca de 4 linhas de Cocaína (500mg);
- 0,015mg de LSD;
- Ecstasy 200 mg. Não faço ideia no que isto equivaleria...
- Peycote 1 kg. Eu não conheço, mas alegadamente é uma droga alucinogénia.
- Meta-afetaminas, 200mg


Já dava uma boa festa! E se Cancun já era animado no Spring Brake… imagino se eventualmente liberalizarem as drogas!!!


http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg-legalize3may03,0,5634216.story?coll=la-home-headlines


Felizmente a lei tinha de ser aprovada pelo presidente Vicente Fox que, sobre pressão dos EUA, devolveu a lei ao congresso!



Pedro, mais uma coincidência? Ou mais uma pista sobre a tua despedida de solteiro?

Thursday, May 11, 2006

Prostituição

Hoje deparei-me com este artigo que aborda a prostituição de um ponto de vista... económico! Uma interessante abordagem que pretende ser desprovida de juízos morais, tentando racionalizar o tema através de modelos económicos.

http://abcnews.go.com/Technology/print?id=1919192

Para quem não tem paciência para ler o artigo deixo aqui um resumo de algumas conclusões:

(1) A melhor forma de combater a prostituição é aumentando a remuneração dos homens;
(2) As prostitutas recebem mais do que a maioria dos estudos sociais indicam;
(3) A razão que genericamente as prostitutas são bem pagas não é tanto pelo risco envolvido na profissão, mas antes pelo facto de reduzir drasticamente a probabilidade de casar (ou de ter uma relação amorosa estável).
(4) Esta última razão explica, em parte, a recorrente importação prostitutas. Outra parte deriva do facto não ser requisito obrigatório a fluência na língua do país onde se procura trabalho para exercer a mais velha profissão do mundo.


Antes que me aborreçam com comentários desnecessário... que fique claro que considero a prostituição deplorável! Considero hediondo a exploração sexual de mulheres, especialmente quando feita sem consentimento da mesma.

E Pedro… acreditas em coincidências? Dois posts… um tema?

Wednesday, May 10, 2006

Despedida de Solteiro

Este sábado tenho a despedida de solteiro de um amigo. A organização está a revelar-se uma tarefa mais complicada do que pensava! Então não é que as ideias são escassas? E antes que quem quer que seja que esteja a ler este belíssimo blog comece a mandar postas de pescada, na base do “ai e tal é fácil”, aqui vai 99% das ideias que tenho recebido:

Perguntando a eles: Pahhh qualquer coisa que meta GAJAS!
Perguntando a elas: Tudo menos GAJAS!

O que foi decidido? Não posso dizer… mas o Pedro vai gostar!!!

Thursday, May 04, 2006

Sem farpas

Eu não posso fugir a viver nesta sociedade porque não existe outra.
Interesso-me assumidamente pela minha imagem, não porque a sociedade me obriga a tal mas sim porque sinceramente me sinto melhor saudável, com bom aspecto, bronzeado, sem olheiras, tonificado...
Se alguém se sentiu afectado com o meu post sobre o sindrome “dolly”, é porque se calhar a carapuça lhe serviu.
Eu nunca disse que tirar um curso sem nunca chumbar e que ter um trabalho de responsabilidade era mau. Muito menos sou radical e redutor ao ponto de distribuir cada ser humano por dois sindromes: ou “peter pan” ou “dolly”...
Pode-se ser um modelo de sociedade sem realmente se ser um produto desta, já que nunca podemos ignorar as motivações. Se uma pessoa dirige a sua conduta pelas normas de john nash de uma forma convicta e é sucedido, então não é concerteza uma ovelhinha; assim como um indigente, bebado e drogado que arruma carros na avenida da liberdade, não o faz com intenção de ser alternativo.
Quando recebo algo faço um exercicio de reflexão em que a essencia dos significados passa pelos meus mais intimos e sensiveis filtros que me caracterizam como pessoa. Dou o meu parecer, emito a minha verdade, não tomo nunca nada por garantido sem que eu aplique o meu próprio selo de personalidade.
Ao exprimir opiniões dou a entender que tenho a mania que sei tudo e que tenho sempre razão... mas não é bem assim, tenho humildade para ouvir rebater os meus argumentos e disponibilidade para os analisar com a maior das imparcialidade e julgar em verdade e consciência. Neste caso acho que alguém tentou generalizar aquilo que eu disse e fê-lo sem classe, sem qualidade, sem verdade... e pior que tudo... sem sentido e sem pertinencia.

Uma farpada no post anterior

Sendo que se quer alguma discórdia... deixo aqui a minha opinião sobre o post anterior.

Primeiro, apesar da forma lírica como o Vanshico fala da síndrome de Peter Pan, dando ao post uma entoação de quase tributo aos “peter pans” da sociedade, a realidade é um pouco diferente. As alegadas características associadas à síndrome incluem irresponsabilidade, imaturidade e narcisismo! O “peter pan” é uma pessoa que se considera acima das regras da sociedade e para além das normas e costumes já estabelecidos. Alguém que vive na ilusão de superioridade. Ou seja, não é tanto o eterno e jovial rebelde como se tenta fazer passar a imagem no post anterior mas mais o imaturo narcisista com uma confiança baseada no medo de assumir as suas responsabilidades.

Entretanto considero patética qualquer tentativa que alegar que “o resto” não passa de ovelhinhas num rebanho. Será que por eu por nunca ter chumbado um ano na faculdade sou mais uma ovelha? Será que por ter um emprego que exige uma forte responsabilidade de mim a minha vida é um tédio? Será que por ter tido um percurso académico saudável e uma carreira profissional digna desse nome sigo de alguma forma, os desígnios de uma sociedade falhada?


E no meio de tudo isto, o que considero mais paradoxal, são aquelas pessoas que insistem em ser alegadamente “diferentes”, que argumentam seguir um percurso “alternativo” mas que no fundo, ao faze-lo, procuram apenas a aceitação social por parte dos seus semelhantes!


Quem me conhece sabe que nunca me preocupei excessivamente com roupa ou com a minha aparência. Que de fashion não tenho nada, ainda usando roupa que recebi no natal de 2001 e que preferindo rapar o meu próprio cabelo em casa em frente ao espelho!

Quanto a ti… aqui vai uma citação de um post deste blog de tua autoria: “Nesse ano, no primeiro dia ainda esquiei com as minhas calças, mas rapidamente me “vendi” e se sempre fui o mais radical do grupo a vestir-me... bolas não ia ficar atrás agora!”

Quem é a ovelhinha?

Tuesday, May 02, 2006

Síndrome de Peter Pan

Síndrome de Peter Pan, tornou-se um termo psiquiátrico usado para descrever um adulto que receia os compromissos e que se recusa a agir em conformidade com a sua idade. Estas pessoas continuam a pensar, a sentir e a comportar-se de uma maneira irracional, infantil e imadura. É fácil encontrar alguém com este perfil. Normalmente, são pessoas que apresentam caracteristicas muito próprias, que podem ir desde o atraso da vida académica temendo um mundo de responsabilidades previstas num trabalho diário, até ter fantasias de riqueza facilitada, de uma maneira ou de outra.
Porquê vivermos refens destes modelos de sociedade que permitem a existência de tanta injustiça, miséria e guerra? É tão cliché interrogar-se acerca de que será que não existirão recursos suficientes para todos, como é banal cegamente seguir os designios desta sociedade falhada. E um sindrome que exprima os comportamentos daqueles que agem como ovelhinhas do rebanho, não há?