Agora queixo-me…

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Mais uma vez, e devido ao vigor das circunstâncias, vejo-me compelido a tomar uma resolução: Nunca mais ingerir bebidas alcoólicas!


Ps: Afigura-se um dia difícil…

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Como há blogs que merecem a publicidade só pelas pessoas que os escrevem… aqui vão dois que prometem muito:

Chocolate aos pedaços - Ui ui... escrito por uma dupla bombástica e tenho tudo dito...

Hortelã, alecrim e jasmim - Alerto para o que vem neste post... já me fez muito feliz!

Dia de cão

7h10! O som do despertador do telemóvel é provavelmente dos sons que mais odeio ouvir. Mas ajuda-me a levantar da cama, por isso não posso deixar de perceber que é uma relação de amor-ódio. De qualquer maneira, a esta hora não me passa outro sentimento pela cabeça que não o de ódio profundo por este pequeno, indispensável e minusculo objecto.
Da cama para o duche e para o pequeno almoço os olhos quase só trabalham o mínimo indispensável para a perfeita locomoção, mas quando me sento na minha scooter em direcção ao trabalho, com a brisa matinal a refrescar-me o rosto tudo muda de figura e os sentidos dispertam em alerta.
Da minha casa até ao Banco o percurso dura pouco mais de 3minutos em hora de ponta e rapidamente estaciono à porta. Antes de entrar, respiro bem fundo, lembro das ondas fantáticas que estive a surfar este fim-de-semana e suspiro. "Hoje vai ser um dia duro" penso eu para mim. Pois além de ser 2ªfeira é o último dia de objectivos mensais. No vendaval da Agência, consigo bater o meu objectivo e saiu às 18h25 com uma sensação de dever cumprido, mas o cansaço do dia de hoje é algo inexplicável. Sem tempo para pensar nisso às 18h42 chego à faculdade e mais uma vez perco o tempo das horas. Quando dou por mim são 22h05, pego no capacete e, perante o aglumerado de estudante que aguardam que a chuva passe, avanço sem hesitar para a moto e arranco. Debaixo de chuva intensa sigo para casa, abstraido da chuva, abstraido de mim mesmo, ainda a levitar deste dia intenso e dramático. Acho que há dias de cão, o meu foi hoje e porque não partilhar.
Por vezes sonho com os inúmeros sonhos que concretizaria com o euromilhões. As casas que comprava, os carros, as motas, as viagens. Os planos de distribuição do dinheiro aos que me são mais queridos e até aqueles que mais necessitam. Consigo até sentir a felicidade que sentiria em oferecer algum dinheiro e alguns sonhos a toda a gente, mas depois penso: será que daria o mesmo valor à vida e às minhas conquista, sem este esforço diário e semanal?.. se calhar não!

Vergonha...

Não sei se por ter tido uma semana profissional difícil ou simplesmente pelo facto do dia me estar a correr mal, hoje sinto-me especialmente… penitente! Vinha agora no carro, mais uma vez a pensar na série My name is Earl (explico noutro post…) e decidi fazer o exercício mental de listar a cinco coisas em mim de que mais me envergonho. Bom, fica a lista (pensei em muita coisa mas escrevo apenas as 6 maiores):

6º Usar a mesma roupa há anos. A verdade é que em qualquer fotografia minha dos últimos cinco verões é possível encontrar sempre as mesmas seis ou sete t-shirts.

5º Ser surdo para música e não conseguir cantar! Por alguma razão que desconheço, qualquer tentativa de cantar torna-se rapidamente numa tortura para quem tem que ouvir!

4º Ter casa há quase dois anos e ainda estar quase totalmente por decorar. Por incrível que pareça ainda faço a barba com a ajuda de espelho redondo (e imensamente foleiro) que comprei no carrefour por nove euros. Era uma solução temporária até comprar um espelho decente… e já lá vão 2 anos!

3º Não ter paciência para eventos sociais. Um jantar, um casamento ou algo do género rapidamente se transformam numa tortura para mim!

2º Ser muito teimoso. Não consigo evitar… acredito que seja defeito genético!

1º (e destacadíssimo) O meu mau feitio. Por muito que tente, tenho o tendência para perder o controle do meu temperamento. Neste último ano fiz um esforço enorme para evitar que o mau feito venha ao de cima mas, mesmo assim, conseguiria encontrar uma mão cheia de atitudes minhas de que me arrependo. Tenho esperança que a idade me traga mais... bom senso.

Por isso, penitencio-me…